Kurenai

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Olá, meus tchucos! Ai, que frio delícia que veio essa semana, agora sim tá favorável! Eu sei que hoje eu deveria trazer o post de atualizações do mês, mas aconteceram duas coisas. A primeira é que eu não consegui terminar de escrever o post, não porque eu tenha assistido muita coisa esse mês, mas porque acabei deixando pra escrever o post de última hora e agora estou perdidíssima. A segunda coisa é um minigame do Onigiri Quase Prédio que surgiu bonitão essa semana, desafiando os participantes a escrever um texto com o tema vermelho. O texto podia ser uma história, um texto informativo, uma comédia, enfim, qualquer coisa que se relacionasse ao tema. Eu optei, claro, por um conto. Mas ele acabou ficando meio pesadinho, então aviso desde já que deve ser lido apenas por quem possui mais de 16 anos aham, claro que vamos seguir essa indicação. Bom, ao menos eu estou com a consciência tranquila! HAHAHHA Ele é inspirado na música Kurenai, do X Japan. Boa leitura, calopsitas! ;)



Sugiro que leiam o texto ao som de 'Kurenai', do X Japan.

---    Kurenai    ---

A cidade amanhecera como em qualquer outro dia. Um céu firme e solene, sem nuvens, com o sol a arder, cada dia maior. As ruas começaram a ser preenchidas pouco a pouco com as pessoas que saíam de casa para o trabalho. Todos os prédios e construções constituíam uma bonita silhueta com um jogo de luz e sombras que se modificava ao longo do dia. Mas para Kurenai, nada era assim tão bonito. Ela enxergava apenas a cor cinza. O sol era cinza, assim como os prédios e todas as pessoas. Havia nascido assim e nunca saberia a verdadeira cor de tudo aquilo.

Contudo, ela já estava acostumada havia muito. A vida podia seguir tranquilamente mesmo sem enxergar as cores. Kurenai trabalhava como engenheira supervisora e, no momento, construía um prédio que prometia ser o maior de toda a cidade, um centro empresarial gigantesco que abrigaria centenas de trabalhadores todos os dias. Estava feliz, pois, já que seu senso artístico não era muito desenvolvido em razão de seu problema, ao menos era uma excelente engenheira e comandava seus funcionários com maestria. Hoje era apenas mais um dia de construção. Ou seria, se não fosse por um acontecimento que mudaria a vida de Kurenai para todo o sempre.

Próximo à hora do almoço, nuvens escuras se formaram rapidamente e uma tempestade se aproximou com fortes ventos, trazendo uma chuva atípica para a cidade. Trovões ecoavam estrondosos e as ruas ficavam cada vez mais vazias. A névoa cobria boa parte da cidade e a chuva grossa golpeava o chão como pedras de água.

Kurenai gostava da tempestade, pois tornava tudo cinza e assim as outras pessoas podiam enxergar como ela. Enquanto verificava a estrutura de uma janela do décimo oitavo andar, a jovem engenheira rabiscava alguns cálculos em seu caderno de anotações. Ao mesmo tempo, um funcionário da obra faz uma pequena pausa e repousa um carro de mão repleto de tijolos próximo a ela.

Absorta em suas anotações, Kurenai acidentalmente tropeçou no carro de mão e quando deu por si, estava em queda livre, vendo sua obra-prima passar veloz como o vento por seus olhos. Neste momento, ela lembrou de que dizem que quando estamos próximos da morte, podemos ver nossa vida passar como um filme em nossas cabeças. Ela não viu filme algum, muito menos conseguiu se lembrar de qualquer momento de sua vida. Mas ela pôde ver algo muito mais maravilhoso. A chuva começava a cessar e o céu a se abrir. Então ela enxergou uma cor. Uma cor diferente do cinza que enxergou a vida inteira. Ela viu a verdadeira cor do céu, da cidade, das pessoas, das nuvens. E era tudo vermelho. A cidade era toda vermelha, o planeta todo era vermelho. Diferentes tons de vermelho, luzes e sombras vermelhas, um sol vermelho como o sangue surgindo entre as nuvens.

Um estrondo se ouviu na calçada. O resgate chegou rápido, mas não havia mais nada a ser feito. No chão jazia uma moça numa poça de sangue de um vermelho profundo, com um sorriso no rosto e lágrimas tingidas de carmim.

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Nota: Kurenai significa "carmim" ou "vermelho rubro".

10 comentários:

  1. Oi, Helo! Tudo bem com você? :)
    Achei esse minigame do Onigiri Quase Prédio muito interessante e divertido, provavelmente vou escrever algo sobre hoje ou amanhã. Eu simplesmente amei essa música, não conhecia a banda e me senti bem acomodada com o som ♥ Os primeiros minutos então...ah, que lindo! ♪
    Gostei muito do seu texto, em especial o penúltimo parágrafo! A frase final do texto ficou incrível, já comentei muito isso, mas, é...eu queria ter criatividade para escrever coisas assim.
    Não entendi muito a indicação AHUEUHEUEH Mas tudo bem, sou rebelde, então não seguiria de qualquer jeito LOL

    Beijinhos! :*

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    1. Olá! Tudo ótimo, e você?

      Adorei o tema também, a inspiração veio na hora! X Japan é uma banda maravilhosa, escute outras músicas deles também, como Art of Life, Silent Jealousy, Without You, X... Hahahaha

      Muito obrigada!! >//< A questão da indicação é por conta da morte no final, mas sei que ninguém segue isso mesmo hahahaha

      Beijos!

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  2. Oi Helo! Como vai? ^ ^
    Não sei se você planejou o tempo que demoraríamos para ler, mas a musica ficou agitada bem na hora em que Kurenai começou a cair. Deu um climax super legal! husahusa Seu conto está bem escrito <3 e o final até que é feliz. Será que devo interpretar como uma metáfora, ou o conto é exatamente o que quer dizer?
    Beijos * -*

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    1. Olá Nanda! <3

      Não planejei não, mas como escrevi o texto todo inspirada pela música, deve ter sido automático hahahaha
      Muito obrigada!! *u* A interpretação deixo a critério do leitor. =)

      Beijos!

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  3. YOOOOO HELO \O/

    COMO ASSIM QUE COISA BOA ESSE FRIO!? EU TÔ NUM FRIO DESGRAÇADO AQUI! Tu chegou a ver a desgraça de tempo que tá fazendo aqui no sul!? Ç.Ç MANU, EM SANTA CATARINA TAVA ATÉ COM PREVISÃO DE NEVE! (e aqui na serra gaúcha também tava com a mesma previsão). Enfim, saudades do calor Ç.Ç

    shauhsuashuahsu tamu junto nessa de deixar para última hora post! Era para eu já ter postado a eras minha resenha com o mangá Orange, MAS EU ENROLEI e o post vai sair mega atrasado e.e'''''

    Enfim, sobre o conto..............PORQUE DIABOS EU NUM SEI ESCREVER ASSIM!? Ç.Ç Gente, eu adorei ele! Li enquanto ouvia a música <3 Ficou muito bom! Cara a parte em que a guria cai e começa e enxergar o vermelho foi fenomenal! E a última parte onde diz que tinha uma garota numa poça de sangue com um sorriso....... AI MEUS FEELS! (acabei me lembrando de uma das cenas finais de FullMetal Brotherhood!).

    Enfim, espero que tu ganhe o mini-game, pois tá muito show esse teu conto XD

    Kiss

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    1. Yooo Hina-chan!! \o/

      HAUSHASUHASH ah, pra mim esse friozinho foi ótimo, apesar de que agora já está mais calorzinho de novo! Bom, não sei como está por aí no momento, mas pelo menos não está mais aquele calorzão ;_;

      HuhsAUSHa agora eu vi que já saiu o post sobre Orange, inclusive preciso conferir antes que seja tarde!

      HasuhASHUa obrigada!! >//< Eu gosto muito de escrever esse tipo de coisa, e o tema também ajudou bastante!

      Haseuauhe obrigada de novo! Beijoss o/

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  4. TODA VEZ que eu venho comentar aqui, você já postou outra coisa. Sempre leio os posts e deixo pra comentar depois, ugh que problema UHAUHAUAH

    O que dizer de um texto desses? *-* Adorei a ideia, e às vezes meu sonho era enxergar preto e branco, sabia? :( Enfim, interessante como quando finalmente a protagonista pode ver uma cor, ela acreditou que aquela era a cor real do mundo. Triste também, porque né, foi a última coisa que ela viu. Acho que daria um belo episódio de uma série macabra estilo The Twilight Zone, hihihi.

    Beijinhos. <3

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    1. Maria! <3

      HAUAHauhUASH eu também faço isso às vezes, então quando vejo a pessoa já postou outra coisa e já era D;

      Obrigada!! *-* Não sabia que você sente vontade de enxergar em preto e branco às vezes, mas já tive essa vontade também. :/ O final é pra deixar essa interpretação mesmo. Nunca assisti The Twilight Zone, mas me senti lisonjeada hahahaha <3

      Beijos!

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  5. Minha nossa, QUE TEXTO, QUE TEXTO! Fiquei arrepiada com o final, pobre Kurenai. E essa frase da chuva, então? "Kurenai gostava da tempestade, pois tornava tudo cinza e assim as outras pessoas podiam enxergar como ela." Que coisa bonita. <333

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