Falando sobre o Inktober 2017

Aqueles gifs nada a ver com o post mas lindos demais para serem ignorados

Olá, olá, calopsitas bruxescas! Finalmente chegamos ao dia 31 de outubro, o propriamente dito Dia das Bruxas ou Halloween ou seja lá do que você queira chamar, e eu queria porque queria fazer um post relacionado a esse tema, mas simplesmente nenhuma ideia ou inspiração me surgiu. E o blog não deve ser aquele tipo de obrigação que nos estressa, por isso então resolvi desistir disso e trazer um assunto do qual já quero falar há muito tempo - e que tem tudo a ver com o mês de outubro. Trata-se do Inktober, um projeto que incentiva você a fazer um desenho por dia durante o mês de outubro, tradicionalmente com caneta e papel, mas na real você pode fazer como bem entender, seguindo tema ou não, digital ou não, o importante é se aprimorar e curtir cada um desses dias.


Mas antes disso, quero falar um pouco sobre o desenho e sobre a minha história com essa coisa toda "das artes", risos. Eu sempre fui daquelas crianças que gostavam de desenhar, sabe, daquelas que os adultos viram e falam: "nossa, você desenha muito bem!" - só que na época eu não tinha noção de que os adultos falavam isso pra todo mundo. Mas isso não vinha só dos adultos, mas também de meus coleguinhas da escola - e aí já é um avanço, porque sabem como crianças são sinceras e, se alguém desenha mal, elas vão zoar, e não elogiar. Elas só elogiam quando a outra criança realmente desenha bem aos olhos delas, e acredito que eu desenhava um pouquinho acima da média naquela tenra idade, de fato.

E, mais do que isso, eu gostava de desenhar. Gostava muito mesmo, eu adorava. Passava horas, fazia todos os personagens de que gostava - lembro-me de um desenho do Kurama (de YuYu) que eu fiz e até pintei que eu amava; lembro-me de um da Kaoru (de Rurouni Kenshin) que fiz também, todo pintado e bonitinho, minha mãe se lembra até hoje desse desenho e diz que o adorava. Eu me lembro de desenhar todas as Sailors e recortá-las, para brincar com elas, e fazia o mesmo com os personagens de InuYasha. Lembro-me também de, na escola, ter criado alguns álbuns com desenhos de garotas aleatórias com várias roupas diferentes, que criei com minhas amigas, era tipo um álbum de moda. Eu tenho muitas e muitas memórias de desenhos meus, porque foi algo que me marcou muito.

Porém, como sempre, a vida aconteceu, e eu acabei me afastando muito desse "lado artístico" por alguns anos. Talvez dos meus 12 ao 15, algo assim. Com 15, eu entrei num curso de design de games e lá tive algumas aulas bem, beeem básicas e rápidas de desenho. Mas nessa época eu não estava amando o desenho; eu estava ávida pela parte do computador, dos 3Ds, e por isso não aproveitei muito as aulas de 2D (não que tivessem sido grandes coisas), como é possível ver por desenhos pavorosos daquela época como este aqui, por exemplo. No fim, também não aprendi tanto sobre o 3D, só o basicão. Bom, isso não é uma coisa que se aprende rápido e fácil, e tente falar isso pra uma pessoa de 15, 16 anos lol.

Então, terminei esse curso e não toquei mais nos desenhos - só vim a fazê-los de novo com meus 18 anos, quando entrei em outro curso voltado ao 3D, dessa vez de animação, e um curso bem mais completo. Nele, também tive aulas de desenho e aprendi bem mais, mas ainda não tinha voltado àquele amor e adoração que tinha por desenhar, embora eu aproveitasse bastante. Acabei aprendendo alguns conceitos interessantes e é lógico que tudo é válido, mas foquei bem mais, novamente, no 3D - o que não foi ruim de forma alguma, porque era afinal necessário.

Eu gostei muito do 3D, mas isso até a página 2. Isso quando você está fazendo algo para si ou para seu portfólio, sem pretensão. Mas quando se trata do mercado de trabalho, é basicamente como tomar uma voadora na cara. Não tem emprego, e quando tem, você não vai ser reconhecido, nem valorizado. Ou não vai receber pelo seu trabalho, como já aconteceu comigo. Mas isso acontece com o 2D também; e, enfim, não estou aqui para falar disso. Continuemos.

A partir daí, fiquei mais alguns bons anos sem tocar num lápis e num papel para desenhar, até que, recentemente, me bateu uma vontade do mais absoluto nada e então eu comecei. Bom, não foi do mais absoluto nada; eu sei exatamente o que me levou a querer desenhar de novo. Foram as fanarts e trabalhos de outros artistas que me deixaram com essa vontade. Eu passei a entrar muito mais em sites de artes, voltei ao Deviantart e acesso diaramente o Artstation, Pinterest, Tumblr, Pixiv e mais um monte de lugares que reúnem artistas, e é mais do que inspirador. Eu não tenho o menor problema de arranjar inspiração para desenhar todo o santo dia, tenho muitas e muitas ideias, e isso é maravilhoso e necessário.

Então, quase como que em sua deixa, apareceu o Inktober. Quem está no meio artístico conhece o Inktober, ele existe desde 2009 e é um desafio criado inicialmente por Jake Parker para desenvolver suas próprias habilidades e hábitos, e acabou se espalhando mundialmente. Como disse no começo do post, é um projeto que te desafia a fazer um desenho por dia durante outubro inteiro, de preferência de forma tradicional (caneta no papel), mas não obrigatoriamente. Eles têm até uma lista de temas diferentes todo ano, mas você não precisa seguir (eu não segui, porque socorro de ter um tema me limitando hahaha). Você nem precisa postar todo dia, afinal o desafio é seu e você é quem conhece seus limites e a última coisa de que precisamos é um stress a mais no dia a dia.

Quem me segue nas redes sociais, já deve ter visto meus desenhos, mas decidi reuni-los numa coletânea nesse post aqui. Eu decidi não publicá-los nos sites de portfolio porque vários deles são releituras minhas ou muito, muito baseados em desenhos já existentes, e são todos estudos. Mas os que eu fiz sem essas referências são os que me deram mais orgulho, e principalmente os que eu fiz com referência de pessoas reais, que são os mais recentes. Então, abaixo estão eles, em ordem crescente do primeiro ao último dia (para ver em tamanho maior, é só clicar na imagem):

O que eu mais gostei do inktober foi de ver minha evolução. Wow, foi impressionante. Eu não imaginava que fazer um desenho por dia pudesse realmente te ajudar a melhorar tanto o desenho, mas realmente faz uma enorme diferença. Eu quero deixar claro que não tenho nenhuma pretensão de ser artista profissional, trabalhar com isso nem nada (só talvez...), mas que estou curtindo demais esses desenhos, isso estou (pelo menos até o dia seguinte, quando a gente percebe um monte de erros e começa a odiar os desenhos antigos...). Também fiquei um pouco impressionada com minha dedicação; eu sempre fui dedicada às coisas que faço, mas sendo uma coisa meio aleatória e de última hora eu não achei que conseguiria levar até o fim. A única coisa ruim é que com isso acabei negligenciando um pouco outras coisas, tipo o blog >_> Desculpem, gente, mas agora voltamos à programação normal (assim espero).

E, como eu me inspirei e sigo me inspirando a cada lindo dia que passa com o trabalho e dedicação de outros artistas, espero que os meus, mesmo ainda tendo um monte de erros, possam inspirar alguém também, mesmo que só um tiquinho de nada. <3

Anyway, o próximo post será provavelmente de atualizações do mês porque eu andei assistindo umas várias coisas nos últimos dias e quero falar sobre elas, hohoho 8D

Bye bye and Happy Halloween!! o/