Together: Uma História Tenebrosa

Olá, olá, queridas calopsitas assombradas! Como vão nessa bela sexta-feira 13? Sim, uma sexta 13 no mês de Halloween, é bom demais para ser verdade, não é mesmo? Para comemorar essa data tão arrepiante, hoje trago a vocês a blogagem coletiva de outubro do Together, e nela uma história de terror bem interessante e muito inspirada em Supernatural, American Horror Story, O Iluminado, Contatos Imediatos de Terceiro Grau e outras histórias de horror das quais me lembro e acabaram fazendo uma pontinha na minha ideia. Espero que não se assustem muito (sinceramente, eu fiquei com medo durante algumas partes, porque eu estava escrevendo uma coisa e de repente vinha uma pergunta que me pegava de surpresa e me fazia ir por um caminho cada vez mais macabro...). Enfim, espero que gostem, adorei horrores escrever esse post! <3

Uma História Tenebrosa...

Musiquinha de fundo pra ajudar no clima :)

Você está com um grupo de amigos, e eles resolvem visitar um local ~assombrado~. Onde eles querem te levar?

Aquele bando de gente doida resolve que quer visitar um sítio abandonado no meio do nada. No. Meio. Do. Nada. À noite. Ouviram dizer que havia uma cabana abandonada lá que era assombrada, e que OVNIs eram vistos frequentemente nos campos abertos do local.

Ok, o local foi definido - mas e aí, qual a sua reação? Você vai?
Eu tento ser a pessoa sensata e dizer "olha, vocês estão se metendo onde não devem", mas como ao mesmo tempo quero cuidar deles e tenho uma pontada de curiosidade, vou mesmo assim.

Seus amigos são sacanas e já tinham decido te arrastar independente da sua vontade. Como é o trajeto?
Eu sei, por isso resolvi acompanhá-los de (mais ou menos) boa vontade. O trajeto é longo - o sítio fica literalmente no meio do nada e precisamos pegar uma estrada de cerca de duas horas para chegar lá. A estrada é sinuosa, mal iluminada e mal sinalizada, sendo que uma boa parte do trajeto é apenas de terra, sem asfalto. A estrada foi ficando cada vez mais estreita, escura e esburacada conforme fomos nos aproximando, sinalizando que realmente ninguém passava ali há muito tempo (ou pelo menos nenhuma pessoa viva). Porém, honestamente, eu pensei ter visto uma pessoa caminhando na beira da estradinha, mas quando pisquei novamente, não havia nada. Acho que foi apenas impressão.

Ok, parece bom. Chegando lá, ninguém quer entrar no local ~assombrado~, e resolvem tirar no palitinho. Quem foi o escolhido? Claro que é você! E agora?
Ora, claro que sou eu, porque eu sou a pessoa mais azarada da face da Terra. Mas, por sorte deles, eu sou aparentemente a pessoa menos medrosa também, então sigo liderando o caminho (porém, arrastando todos para seguirem em meu encalço, afinal se eu me ferrar, não vou me ferrar sozinha. Não que eu estivesse com medo, imagina).

Bom, você é o protagonista, etão independente da pergunta anterior, você adentra o local ~assombrado~. Quais são as primeiras 3 coisas que você vê?
Era uma cabana assombrada no meio do nada, então, primeiramente, não dava para enxergar quase nada. Precisei esperar alguns momentos para minha vista se acostumar com a escuridão, e então notei que era apenas um grande espaço vazio. A primeira coisa que reparei foi na lareira; estranhamente, havia uma fumaça, como se ela estivesse acesa até poucas horas atrás, embora não houvesse ninguém por ali. A segunda foi o susto que levei com um rato, que passou correndo perto do meu pé, como se estivesse fugindo de algo lá dentro, mesmo que estivesse vazio. Vai entender esses bichos. E, por fim, reparei num livro aberto próximo a uma das janelas.

Hm, é, ok. E aí, é ~assombrado~ mesmo?
Não sei? Acho que não? Eu não acredito muito nessas coisas, então, pra mim é só uma cabana abandonada no meio do nada, infestada de ratos, na qual alguém esquecera um livro que devia estar cheio de pó. Ok, a única coisa estranha era a lareira, mas quem sabe alguém não passou por lá naquele dia achando que poderia ser um bom abrigo e depois foi embora? Muitas pessoas moravam por ali, a alguns quilômetros do sítio, não seria tão estranho.

Tá. Bom, de qualquer maneira, você precisa explorar um pouco mais. Ah é, seus amigos te obrigaram a fazer uma aposta! Qual era a aposta?
Os meus amigos idiotas, mesmo sabendo que eu odeio apostas, também sabem que, quando me desafiam, eu preciso cumprir até o fim. Então, me desafiaram a subir no segundo andar da cabana para ver o que tinha lá.

Ok, missão definida, você está desbravando o local. O que está acontecendo?
Eu estou subindo com muito receio pelas escadas porque, credo, elas rangem MUITO. Parece que vão desabar a qualquer momento, e eu odeio pisar em lugares desestabilizados. Mas consigo chegar ao segundo andar intacta.

Ei. Você ouviu isso?
Não, creindeuspai! Misericórdia, minha Nossa Senhora da Bicicletinha, que barulho foi esse???

Ufa. Era só a sola do meu sapato fazendo barulhinho. Continuemos. A propósito, você não está mais sozinho. Fique atento.
HÃ? Como assim, não estou mais sozinho? Quem é você? Quem sou eu? Ok, isso está ficando um pouco assustador. Mas eu tenho que cumprir a aposta, e já estou no andar de cima, vendo que há algumas portas que provavelmente levam aos quartos. Sim, eu estou num corredor caindo aos pedaços e está muito, muito escuro. Vou tentar ligar a lanterna do meu celular porque sou precavida, risos.

Você provavelmente tinha algum instrumento com você. Se for uma lanterna, ela vai cair num buraco. Se for um celular, vai acabar a bateria. O que você vai fazer agora?
Hm, é claro que a bateria dessa porcaria ia acabar bem agora. É claro. Por que ele funcionaria direitinho exatamente quando preciso dele, não é mesmo? Óbvio que essa joça me deixaria na mão. Ok, continua muito escuro. Mas eu preciso entrar em pelo menos um dos quartos para não perder a aposta. Ah, espera; é só uma cabana abandonada, essa coisa de espíritos nem existe. Não tem razão para ter medo. Então, entro num dos quartos, que parece apenas um dormitório normal. Tem uma cama, um armário e a janela meio quebrada com uma cortina bem gasta. Nada de mais, nada de assustador.

Você acaba de se dar conta de que está perdido no local e não consegue mais ouvir seus amigos. Qual a primeira coisa que te passa pela cabeça?
Não, perdida, eu? Não estou perdida, eu só... *olha para trás e percebe que o corredor ficou bem mais confuso* Ok, talvez eu esteja um pouco perdida, mas é só encontrar as escadas que eu consigo voltar para o andar de baixo e para meus amigos. Embora eu não possa mais ouvi-los...

Tem algo atrás de você. Mas você não pode ver. E agora?
Como, como tem algo atrás de mim se eu não posso ver? Aliás, quem é você e por que está falando comigo? Espera, eu ouvi alguma coisa. Eita. Realmente tem algo atrás de mim, não tem? Socorro. Socorro! Cadê aqueles malditos dos meus supostos amigos numa hora dessa? Aaaargh, deixa eu entrar num desses quartos pra fugir do que quer que esteja atrás de mim.

Parece um plano. Continue assim. Enquanto isso, você percebe que está cada vez mais escuro. O que você faz?
É claro que está escuro. Nesse quarto não tem uma janela sequer. Quem faz um quarto sem janelas? Espera... Ah, é um banheiro. Senti uma pia aqui. Ótimo. Ótimo? Não sei. Banheiros podem ser bem nojentos. Mas, ninguém usa isso aqui há décadas. Eu acho, pelo menos.

Tem algo aqui. O que é?
T-tem... Tem mesmo... Argh... Não, não, não, isso não está acontecendo comigo. Não, isso é um pesadelo. Sério... T-tem... Tem um corpo na banheira... Tem um corpo na banheira...

Certo. Qual o seu plano pra se livrar disso?
Me livrar disso? Que diabos, eu não vou me livrar disso não! Preciso é sair daqui!

Você não conseguiu se livrar disso. Agora, está ouvindo vozes. Não são seus amigos. O que você faz?
Não... Ah, meu deus do céu, cadê minha coragem agora? Vamos lá, vamos lá, eu posso sair daqui! É só girar a maçaneta! Mas... O quê? A porta não está abrindo. A porta não quer abrir e eu estou trancada num banheiro escuro e fedido com uma pessoa morta e vozes me atormentando.

Bom, a essa altura você já amaldiçoou todos os seus amigos, a sua sorte e toda a sua árvore genealógica. Qual o plano?
O plano? O plano é rezar e esperar que minha morte seja a menos dolorosa possível, esse é meu plano.

Em meio a seu desespero, você encontra um objeto que pode te ajudar. O que é, e como você vai usá-lo?
Hm, espera... Aaaaaah, obrigada a todos os deuses que estejam me ouvindo agora! Encontrei um machado! Por favor, que não seja o machado que causou a morte dessa pessoa aqui na banheira. Espera, cadê o corpo que estava na banheira? Ah, socorro, creindeuspai, lá vai! *dá algumas machadadas na porta e consegue sair*

Em posse do seu plano e do seu objeto, você chega a um novo ambiente no local. Descreva o lugar.
É claro que eu consegui encontrar as malditas escadas e descer para o térreo, que era BEM menos assustador que o andar de cima.

Neste ambiente, você encontra um caderno, parece um diário. Como ele é?
Ah, então aquele livro perto da janela era na verdade um diário. Interessante. Quem sabe aqui eu não descubra pistas sobre o que aconteceu (afinal, eu falei que tinha curiosidade em vir aqui e descobrir o que acontecia, se era realmente mal assombrado, etc). Bem, é um diário antigo, escrito à mão, um pouco empoeirado e com umas partes comidas por traças, mas ainda dava para ler.

Você eventualmente descobre que o diário foi escrito por você. Você está morto há 33 anos, e sua alma está presa ao local. Algo te impede de seguir adiante e, se você não descobrir o que te prende no mundo terreno, está fadado a repetir o mesmo ciclo todos os dias, por toda a eternidade. Qual a sua reação?
O quê? E-eu... Sou eu... Eu morri? Estou presa aqui... S-será que... Será que aquela pessoa...? Começo a tremer e me arrepiar, sentindo um enjoo em meu estômago.

Você consegue se lembrar o que te prende no plano terreno?
Será que... Aquela pessoa morta no banheiro... Será que aquela era eu?

Havia algo com você no meio da história. Está de volta. Você pode fugir ou interagir. Tomada a sua decisão, o que acontece?
Sim, eu consigo vê-lo agora. Consigo entender. A pessoa que me matou. Ele estava lá, me olhando como se não soubesse o que fazer. Como se eu fosse a solução, como se eu precisasse salvá-lo. Como se eu mesma já não estivesse numa situação horrível o suficiente, de precisar interagir de novo e de novo com meu assassino.

Você está caindo. O que está acontecendo?!
O chão começou a se abrir a meus pés, e de repente me encontrei em queda livre pela escuridão. O que...?

Você acordou na sua cama. São 5:55 da manhã. Foi tudo um sonho?
AI MEU DEUS DO CÉU! QUE PESADELO HORRÍVEL DOS INFERNOS! Deixa eu me benzer aqui, agora não vou conseguir dormir de novo depois de um sonho desse. Mas ufa, ainda bem que foi só um pesadelo, não é mesmo? Já estou até me esquecendo dele, hahaha!

Você começa a seguir sua rotina. Há uma sensação de deja vu. O que você está pensando?
Ora, que estranho. É muito raro eu ter deja vu, mas parece que já fiz isso antes. Deixa eu pensar na minha agenda pra hoje.

Você acaba de descobrir algo relevante para a história. Nos conte!
Enquanto ia para a faculdade, me lembrei de uma coisa. A pessoa que vi na estrada. Ela parecia estar fugindo, e estava de toalha toda ensanguentada, como se tivesse saído de um banho de sangue. Embora tenha sido de relance, eu pude ver claramente a expressão de sofrimento dela - uma mulher jovem.

Com a sua descoberta, a história tem um plot twist (reviravolta). O que está acontecendo agora?
Eu percebi que aquela pessoa era muito parecida comigo. Mas me lembrei também do rosto do assassino. Ele parecia com meu falecido irmão.

Você está de volta ao local. Explique.
Eu precisava voltar ao local para desvendar o mistério do que aconteceu de verdade nessa cabana no meio do nada, mesmo que sozinha.

Você precisa realizar uma ação. Qual?
Preciso encontrar na casa outras pistas que remontem o caso e então solucioná-lo.

Depois de tudo, você só consegue pensar em uma coisa: o que é?
Que, mesmo sendo um pouco assustador, os espíritos precisam de ajuda - tanto os do assassino quanto da vítima, independente de quem sejam e dos crimes que cometeram. E eu preciso ajudá-los para acabar com esse ciclo.

Parabéns! Você chegou ao final. Você sobreviveu?
Claro que sim! Como voltei de dia, pude vasculhar corretamente pelos quartos e encontrei diversas pistas do assassinato.

Tem certeza?
Claro que sim.

Mesmo, mesmo?
Claro... Que sim?

Você se depara mais uma vez com o diário. O que está escrito?
Está escrito em letras comuns sobre a vida de uma jovem garota que morava aqui com o irmão, no sítio herdado pelos pais, e que observou que seu irmão vinha sofrendo de surtos psicóticos cada vez mais frequentes. A última vez que o diário teve algo escrito fora há 33 anos, antes mesmo de eu nascer.

Com o que você descobriu, coloque um fim nessa estória, de uma vez por todas!
Como aprendi em Supernatural, para libertar os fantasmas, devemos queimar todos os corpos e objetos que estejam relacionados, portanto foi o que fiz. Queimei os ossos, o machado e o diário, e instantaneamente senti que o ar da casa ficou mais limpo e tranquilo. Finalmente os espíritos daquelas duas almas estavam em paz.
Mas, naquele mesmo dia, qual não é minha surpresa quando, olhando distraidamente para o céu no caminho para o carro, no meio daquele enorme campo aberto, vejo um OVNI sobrevoando o local? Mas, acho que isso fica para uma próxima história. :)