Meu filho é tão precioso
Helloooo calopsitinhas do meu coração! Como vão neste lindo finalzinho de mês? Preparados para agosto, o mês eterno? Bom, eu, particularmente, estou ansiosa pela volta às aulas porque quando a gente vira mãe a gente quer que as férias passem o mais rápido possível asdjsdkjad Mas sério, é porque é realmente exaustivo e eu tenho que fazer tudo praticamente sozinha por aqui, então não me sobra quase folga pra fazer, bem, nada. O máximo que consigo é assistir anime ou séries das 23h à 1h que é depois que a minha filha dorme e eu estou muito mentalmente exausta pra fazer alguma coisa que não seja assistir uns animezinhos. Falando nisso, estou tentando preparar o post de atualizações do mês, aparentemente vou ter que juntar junho e julho de novo. Mas fazer o quê, tá valendo, né? O post de hoje é uma blogagem coletiva do Together novamente (quase que não dá tempo, mas como nóis é brasileiro, nóis entrega tudo em cima da hora mesmo), sobre um assunto que é um tanto delicado pra mim pois eu tenho muitos pensamentos e sentimentos sobre ele. Tentarei fazer alguma síntese no post, mas acho que dificilmente sairá algo redondinho. De qualquer forma, espero que essa pequena reflexão que farei seja do interesse e, quem sabe, de ajuda pra alguém. <3
Bom, que a vida não é fácil, todo mundo sabe. Este mês, o Together propôs que falássemos sobre a escolha de nossas profissões, carreiras, cursos, e eu acho que é um tema super pertinente por um motivo bem pessoal: mudanças de perspectivas. Eu já falei sobre a questão da independência e responsabilidades da vida adulta, já falei sobre quando fui numa entrevista e me deram um teste absurdo pra entrar, já falei da minha vocação artística e vontade de ser ilustradora, e principalmente já fiz um post no qual proponho uma discussão sobre pessoas como eu, que não sabem o que fazer da vida.
Confesso que sempre tive uma certa inveja daquelas pessoas que, desde sempre, souberam o que queriam fazer da vida. Eu nunca consegui responder àquela pergunta "o que você vai ser quando crescer?" com precisão, e todas as vezes que respondi, sempre foi diferente da anterior. Mas depois eu percebi que não existe isso de uma coisa só. O mundo não é 8 ou 80 e, dentro de uma mesma área, existem imensas possibilidades. Imagine então se você juntar mais de uma área de interesse e tentar encontrar um caminho que concilie esses vários conhecimentos? Você pode ser flexível, gostar de várias coisas e ainda alinhar isso ao seu caminho profissional.
Bem, isso é o que eu tento fazer. Sou formada em Produção Audiovisual, um curso no qual aprendemos um básico sobre os bastidores do rádio e da TV, além de aprendermos um pouco sobre criação de roteiros, edição de vídeo e de áudio, e principalmente gravação e captação de vídeo e de áudio. Também aprendemos a rotina de produção e a papelada que vêm com ela (nem tudo são flores), e quem se dedicou um pouco mais procurou também saber mais a fundo os prós e contras da indústria cinematográfica e de televisão (um assunto que a mim agrada até mais do que a parte técnica, mas em geral ninguém liga). A real é que nesse curso você aprende o básico de várias coisas, mas nada vai muito a fundo (a não ser que você queira). Nossos trabalhos e TCC eram sempre técnicos, ou seja, fazer um curta-metragem ou uma gravação de áudio com algum tema. Portanto, a faculdade de Produção Audiovisual é interessante para alguém que esteja procurando uma forma de entrar no mercado de rádio e TV, mas não quer fazer um curso de 4 anos (pois este é tecnólogo, apenas 2 anos). E uma coisa importante: dinheiros. Nós conseguimos fazer nosso TCC sem gastar quase nada, mas conheço gente que gastou mais de 30 mil reais no TCC. Vai de faculdade pra faculdade, de grupo pra grupo; é claro que, se você tem dinheiro, tanto melhor. Mas eu sou a prova de que é possível terminar a faculdade de audiovisual sem gastar quase um tostão.
Aqui no Brasil, o audiovisual ainda é muito menosprezado. A não ser que você seja a Globo, dificilmente um filme brasileiro, ainda mais se for independente, fica no conhecimento do público (assim como qualquer coisa artística que é produzida aqui). E, sim, nós temos a lei do audiovisual, que auxilia e muito, mas ainda assim: os cinemas onde a maior parte do público vai não passam, nem os canais de TV. Se você assiste filmes independentes brasileiros, você é aquele "cinéfilo cultzão", e eu acho essa ideia muito errada. Uns amigos meus da faculdade abriram uma produtora depois que saíram de lá, inclusive me contrataram pra criar a vinheta de abertura dos curtas deles, e eu acho que eles são incríveis só por ter essa iniciativa - 90% da nossa classe que formou com a gente nem tá na área.
Ou seja. Sempre que você fizer um curso ou uma faculdade, boa parte da turma que se formou com você não vai atuar na área. Ainda, boa parte da turma que começou nem se formou. Portanto, um conselho que eu dou é: persista. Se você encontrar algo do qual goste satisfatoriamente, tente fazer até o fim. Porque você sem dúvida estará na frente de muita gente.
Eu não fiz só a faculdade, aliás. Fiz um curso técnico de informática (que teria sido mais útil se eu tivesse aproveitado direitinho, mas tudo bem), um curso profissionalizante de animação 3D (que foi a área que eu trabalhei mais ou menos até hoje - depois explico mais sobre isso), um curso de design de jogos (beeeem básico, e eu era muito nova por isso não aproveitei tanto) e agora estou fazendo um curso de administração. Provas verídicas da minha incapacidade de ficar num mesmo lugar fazendo uma mesma coisa xD
Bom, agora, vou comentar um pouco sobre o trabalho. Quando terminei o curso de animação 3D, ainda não tinha entrado na faculdade (entrei no ano seguinte). Mas, já saí de lá com um emprego. Eu tinha um professor muito sensacional lá que foi quem me indicou para o emprego, e pra vocês terem ideia do quão incrível ele é: logo depois que fiz o curso com ele, esse professor foi morar no Canadá e hoje trabalha numa produtora que inclusive fez algumas partes dos efeitos especiais de GUERRA INFINITA! VOCÊ QUER, @??? Sério! E alguns dos meus outros professores e colegas também estão super bem, fazendo filmes e desenhos animados famosos por aí. Ou seja, o curso é bom mesmo, calopsitas, e sinceramente foi a melhor escolha que fiz e foi a melhor época da minha vida. Mas, como nem tudo são flores...
O mercado de trabalho é outra coisa totalmente. Outra coisa. No curso, você aprende, você tem tempo e tranquilidade pra encontrar seu ritmo e fazer o que é pedido da melhor forma que conseguir com as ferramentas que tem em mãos. Mas, quando fui trabalhar, foi uma outra realidade: primeiro que eu nem podia usar o software que estava acostumada, tive que aprender outro software do zero (e tbh isso foi muito bom pra mim, agradeço muito a isso porque esse outro software é maravilhoso). Depois, havia a questão do tempo. Eu acostumei rápido, mas no começo foi bem desafiador ter que fazer tudo muito mais rápido do que eu estava acostumada. MUITO MAIS RÁPIDO. Você tem que virar ninja, essa é a verdade. É o momento que você passa do Clássico pro Shippuden. Sabe aquele momento que o protagonista tem que atingir um outro nível com treinamento de seu mestre para derrotar o mal iminente? Esse momento é o seu primeiro emprego.
Mas eu tive muita sorte, porque o meu chefe lá (ele nem era meu chefe, mas ele era nível pleno e eu ainda era assistente, então ele sentava do meu lado e me ajudava com tudo o tempo todo, um anjo de ser humano que eu considerava mais como chefe do que meu chefe mesmo que era um trouxa) me ensinou tudo e mais um pouco sobre o emprego. Pra vocês terem noção, ele era tão anjo que me dava carona todo dia até a faculdade porque ele também estudava lá (só que era em outro curso e outro prédio). Quando entrei, também tinha outro chefe (que de novo não era meu chefe de verdade, mas era senior, então estava acima de minha posição e desse outro que era pleno) que era muito amorzinho e me ensinava várias coisas, mas infelizmente ele saiu logo depois que eu entrei. Nesse emprego, também conheci outros colegas muito bacanas, e inclusive uma menina colombiana que foi fazer estágio lá e eu aprendi um monte de coisas com ela porque essa moça era muito massa! O que quero dizer com tudo isso é que às vezes você pode encontrar coisas no seu trabalho que vão além da sua tarefa, como amigos e pessoas que realmente são uma boa companhia e ajudam o seu dia a ficar mais leve e divertido.
Infelizmente, tive que sair de lá por causa de umas questões pessoais, e desde então estou desempregada. Estar desempregada é honestamente uma das piores coisas pelas quais eu já passei. É horrível porque não é que você ainda não arranjou emprego. É horrível porque você já trabalhou, já tem experiência, mas saiu e agora precisa de outro pra continuar. Você fica tipo num limbo e quanto mais tempo você passa desempregado, mais difícil é arranjar emprego. E quanto mais tempo sem emprego, mais tempo sem dinheiro, e quanto mais tempo sem dinheiro, mais pressão para arranjar um emprego pra conseguir dinheiro, e menos tempo pra contribuir pra previdência e tentar ter uma aposentadoria na melhor idade. Repito: ficar desempregado é uma merda. Você começa a colocar mil coisas na cabeça: que não é bom o suficiente, que nada vai dar certo, que não vai dar tempo, que quer mudar radicalmente de carreira, que você nunca será mais do que mediano, que as outras pessoas estão avançando e você tá só ali parado e afundando mais e mais.
Mas, uma das piores coisas é também ficar se comparando com os outros. Quando me vejo me comparando com os outros, eu paro e me repreendo. Afinal, se tem uma coisa que é certa é que ninguém sabe da sua vida e você não sabe da vida de ninguém. Cada um tem seu caminho a percorrer e não é porque seu primo ganha 30 mil por mês e viaja todo ano pra Europa que você tem que ser igual a ele. Lembrando sempre que: com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades. Quanto mais você possui, ou quanto maior influência você tem, mais responsabilidades e mais difícil é administrar tudo.
Resumo da bagaça: não existe um caminho certo, nem uma receita de bolo, nem um milagre. Essas coisas não existem, mas sim a pesquisa, a informação e a paciência. Escolher uma carreira, mudar de carreira, são decisões complexas e muitas vezes elas não precisam ser finais. Você sempre terá a oportunidade de mudar de ideia no meio do caminho, contanto que corra atrás, estude, se atualize. Talvez procurar um profissional (alô, Shana) também seja uma boa ideia. Às vezes tirar alguns dias, meses ou até um ano para pensar sobre isso seja uma boa ideia. <3
Gente, esse post ficou uma baguncinha, né? Eu falei muito, DESCULPEM sjdksadasd
Na real, eu quis sintetizar um pouco as minhas experiências, sentimentos e conselhos sobre carreira, mas como eu não sinto que sou um bom exemplo pra nada, especialmente pra esse assunto em específico, não acho que vá ajudar ou adiantar muito. Mas vale o relato (e quem sabe, daqui a uns anos, eu possa olhar este post e ter outras opiniões sobre o assunto).
Um beijito pra vocês, Yato é TOP!
Esta postagem faz parte da Blogagem Coletiva de julho do Together, um projeto para unir a blogosfera! Para saber mais, é só clicar no nome do projeto! ♥
Desculpa nada! Eu adorei ler todas estas coisas quais escrevera 💕
ResponderExcluirEntão, eu estou pensando em fazer audiovisual mesmo, pois é a única coisa que despertara meu grande interesse. Mas será que devo fazer por agora? Eu sei que cada caso é um caso, mas e se eu não conseguir as coisas que acho que talvez eu consiga nessa profissão? sei lá. Surge umas duvidas, não é uma profissão fácil...
Talvez eu tenha mais certeza mais pra frente, na vida.
Realmente essas coisas de escolher profissão é algo complicado... Mas é isto. Eu só quero trabalhar em algo que eu ame mas que também me renda um bom dinheiro. Torcendo pra que tu também consiga um emprego ❤
Não peças desculpa, foi muito útil! Em Outubro vou começar o último ano da faculdade (0.0!!!) e é muito bom saber sobre as experiências de alguém que já foi para o mercado de trabalho, mesmo que numa área diferente.
ResponderExcluirNas aulas põem-nos logo a par da rapidez de que precisamos no mercado de trabalho e já nos vão habituando a lidar com a pressão. Dizem sempre que precisamos de fazer traduções muito rápido e os testes são um tanto exigentes (tive uma professora que até nos mandou fazer uma tradução enorme de uma notícia sobre economia SEM DICIONÁRIO NEM INTERNET NEM NADA com termos que eu nem em português conheço, isto em duas horas).
Mas olha, eu também quero ser assim, tirar vários cursos e aprender mais coisas. Quero muito aprender mais línguas e poder usá-las no meu trabalho e quero especializar-me em algo (ainda não tenho bem a certeza do quê e já vou no meu último ano, tenho uma ideia, mas já aprendi a minha lição no fim do secundário e não vou stressar, não vale a pena XD).
Aqui em Portugal lidar com desemprego é o pão nosso de cada dia, principalmente para os Millenials e para a Geração Z. Querem que tenhamos um curso que só abriu à 10 anos, com pelo menos duas línguas estrangeiras, intercâmbio no estrangeiro, que sejamos flexíveis, aprendentes rápidos e energéticos, novos, mas com 40 anos de experiência. É só ridículo, infelizmente isso deve acontecer em todo o lado.
E depois no meu caso acho que vou ter de estar assim constantemente a fazer contas à vida, porque é muito mais comum os tradutores trabalharem como freelancers a recibos verdes (ou seja, sem trabalho fixo).
Acho que não há assim tantas desistências da faculdade aqui em Portugal, mas provavelmente também temos mais apoio aos estudos (porque quem não consegue pagar as propinas pode pedir uma bolsa de estudos). Das pessoas que entraram no mesmo ano que eu no meu curso só vi umas duas a desistir. Agora se vamos ficar na nossa área isso já não sei, só o tempo dirá XD
Desculpa o comentário longo XD
A Preguiça É Um Hobby
YOOOOOOO HELO O/
ResponderExcluirshaushuashua você é o contrário da minha mãe, pois ela vive dizendo que a melhor época pra ela são as férias porque assim ela não precisa acordar tão cedo pra levar meus irmãos pra aula e meu pai pro trabalho hsuashaushua (sim, até o meu pai ela tem que levar e buscar, já que temos só um carro e ela é que mais ocupa ele), então minha mãe diz que as férias é a melhor época, mas deve ser porque já estamos "grandinhos", então ela não precisa ficar "de olho" na gente, ao contrário de ti que tem uma filha pequena e aí os cuidados são triplicados. Até porque criança pequena o que mais faz é aprontar por aí (sei por mim mesma, porque eu era uma peste shuahsuashuah eu mesma olho pra trás e penso "pqp coitada da minha mãe teve que criar um mini demônio shaushua)
ENFIM, sobre a profissão.... MULHER EM QUANTAS PESSOAS TU SE DESDOBRA PRA CONSEGUIR FAZER TANTO CURSO E COISA!? Caraíiii, tô me cagando toda aqui pra fazer um curso e tu já me fez uns trocentos! Queria eu ter essa energia e vontade. Sinceramente eu admiro pessoas que tenham essa empolgação pra conhecer coisas e áreas novas, que estão sempre buscando algo diferente, até porque conhecimento nunca é demais. E sei lá, aprender novas coisas abre a mente, faz a gente ver por outros lados, pensar coisas diferentes, acredito que a pessoa acaba desenvolvendo até mais empatia, pois acaba tendo contato com várias situações e visões diferentes.
Confesso que não sabia muito bem desse curso, até porque moro no RS e aqui.... Bem, aqui não tem globo, nem band, nem record... Errr nem nada, essa questão de audiovisual e empresas é meio fraca por aqui. O máximo que tem é a tv regional (RBS) que é bem organizada e tem uma boa produção, mas ainda assim é algo bem regional, então sei lá, esse tipo de coisa por aqui é meio fraco (tanto que não se vê muitos cursos do tipo por aqui). Aliás, esse teu curso seria nem topzero pra pessoa virar youtube, já que ele mostra o processo inteiro de produção (bem, foi isso que eu entendi pelo menos) ~já pensou em virar uma youtuber bem topzera cheia de inscritos!? XD~
QUE SHOOOOWWWWW ESSA PARADA DO TEU PROF! Aliás, eu já tinha ouvido falar alguma coisa sobre o Canadá e filmes, tanto no quesito efeito especial quanto no uso dos lugares (porque parece que lá é mais barato pra filmar e talls).
Verdade não adianta nada ficar se comparando, tipo até tudo bem pegar a pessoa de inspiração e tentar "pô, se ela conseguiu vamo correr atrás pra conseguir também", sabe tornar como uma motivação, o problema é quando começa aqueles pensamentos negativos, quando a gente começa a se inferiorizar quando na verdade cada um tem seu caminho e mesmo que o caminho do outro a primeira vista pareça ser melhor, pra nós pode não ser tão bom assim na hora de trilhar esse mesmo caminho: Tipo, quando eu tava prestando vestibular eu queria muito fazer medicina, porém meus pais não tinham dinheiro pra me pagar aqueles cursinhos mó caros por vários anos até eu passar, em compensação tem uma conhecida da minha família que os pais dela tinham essas condições e eu no início ficava um pouco chateada me comprando pensando "pô, ela consegue ir super bem nos vestibulares e eu não, nunca vou passar em medicina"... Bem, realmente não passei em medicina, mas ao meu ver ter desistido dessa desgraça foi a melhor escolha que pude fazer, porque além de ter descoberto medicina veterinária, hoje eu vejo que eu não teria perfil psicológico pra medicina, pra aguentar toda aquela vibe de superioridade que rola no curso e no mercado de trabalho (e nem saco pra ficar tipo uns 5 anos parada estudando pra passar no vestibular, eu não consigo ter essa "calma" esse perfil / persistência). Então, são dois caminhos completamente diferentes, mas que se encaixam perfeitamente para nós, porque nesses caminhos tem as nossas características pessoas, as nossas vivências o nosso background, então por mais que "a grama do vizinho pareça ser mais verde", muitas vezes é só impressão mesmo, quando a gente vai vivenciar o negócio a gente vê que não é bem pra nós.
ExcluirEnfim, adorei ficar sabendo mais da tua trajetória, espero que consiga logo um emprego fixo e que continue com essa vontade incrível de aprender coisas novas, pois eu acho isso uma característica muito bela e admirável XD
Kiss